Barbeiro de Pelé chora a morte do cliente mais famoso: 'Saudade de tudo'

João Araújo, o Didi, cortou o cabelo do Rei até quando Pelé não podia mais ir até sua barbearia, na esquina do estádio do Santos

Por Luiza Lemos

Portal da Band, em Santos

Na esquina com o estádio Urbano Caldeira, conhecido como a Vila Belmiro, fica o pequeno espaço que Pelé cortava o cabelo e fazia o icônico topete. É a barbearia de João Araújo, ou o Didi, fiel barbeiro do Rei, que nesta sexta-feira (30) se emociona ao falar da morte do cliente e amigo.

Pelé, que faleceu na tarde de quinta-feira, era cliente de Didi há pelo menos 70 anos. O barbeiro de 84 anos conta que o topete nasceu ali. "Desde que ele começou a jogar no Santos. A gente tinha uma amizade muito forte, agora Deus quis levar ele, né?", lamenta.

Didi comenta que continuou a cortar o cabelo de Pelé, mas ele não visitava mais a barbearia, devido à saúde debilitada. "Eu ia até a casa dele, não dava para ele vir aqui", explica.

Galeria de Fotos

Veja fotos da barbearia onde Pelé cortava o cabelo
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João Araújo, o Didi, de 84 anos, foi barbeiro de Pelé por 70 anosLuiza Lemos/Band
Porta retrato mostra foto de Pelé e Didi na barbeariaLuiza Lemos/Band
Didi sente a morte de seu cliente mais famoso, o PeléLuiza Lemos/Band
Lembranças de Pelé estão por toda a barbearia de DidiLuiza Lemos/Band
Didi tira foto com fãs em sua barbeariaLuiza Lemos/Band
Barbearia de Didi é repleta de fotos de Pelé e do SantosLuiza Lemos/Band

"Eu às vezes dava um jeitinho e passava lá, para passar o tempo. Mas fiquei um bom tempo sem cortar", afirma.

Didi pontua que virou amigo próximo de Pelé com os anos. "Dele e da família, que sempre gostou de mim. Eu gosto muito deles, muito mesmo", conta.

A principal lembrança que Didi terá é dos tempos áureos de Pelé no Santos. "Saudade de tudo, o salão era uma alegria, vinha muita gente para falar com ele, mas infelizmente acabou tudo", lamenta.

Durante a entrevista, fãs de Pelé e torcedores do Santos se aproximavam para tirar fotos com Didi. Ele não se incomoda com a fama. "Não tem nada mal, faço o que puder para manter a história", diz.

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