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Governo muda de estratégia e quer negociar mais auditoria nas urnas eletrônicas

Apesar do discurso para os apoiadores, Bolsonaro disse a auxiliares que não vai insistir na pauta do voto impresso

Erick Mota, do Band Notícias

Depois da derrubada da PEC do voto impresso na Câmara, o governo agora vai mudar de estratégia e quer negociar a ampliação da auditoria nas urnas eletrônicas.

Mesmo com a derrota no plenário, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o comando do Congresso devem iniciar conversas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre como reforçar o processo de auditagem das urnas eletrônicas. O presidente da corte, Luís Roberto Barroso, já sinalizou que o diálogo é possível.

Na votação da última terça (10), o Centrão ficou dividido. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que parte dos deputados foi coagida.

“450 deputados votaram ontem, foi divido, 229 a 218. Então é sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acredita que o resultado no final seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL que para eles é melhor o voto eletrônico como está aí. Desses outros, tirando esses partidos de esquerda que votaram contra, muita gente votou preocupada, realmente. Problemas, estão com problemas essas pessoas aí, resolveram votar lá com ministro presidente do TSE”, analisou.

Apesar do discurso para os apoiadores, Bolsonaro disse a auxiliares que não vai insistir no assunto. Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, descartou a possibilidade de retomar a análise de uma proposta sobre o voto impresso, que está parada na casa desde 2015.

“Considero que esse pronunciamento da Câmara em relação a este tema torna definitiva esta questão, não cabendo ao senado qualquer deliberação, ou tramitação de matéria de mesmo objeto”, cravou.

Oinegue: "No 1º teste de fidelidade, Centrão deixou Bolsonaro a ver navios"

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