A pré-candidata à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB) participou do Band Eleições desta segunda-feira (15). Em conversa com os jornalistas Eduardo Oinegue, Sheila Magalhães e Pedro Campos, ela respondeu perguntas sobre segurança pública, cracolândia, pessoas em situação de rua e trânsito.
Cracolândia
“A primeira coisa é a gente ser honesto e reconhecer que tem bandido e tem doente. E quem escolheu olhar só para um desses dois vai falhar, não vai conseguir desmontar esse sistema. As pessoas acham que a cracolândia é um CEP, é um quadrado, é uma região que você pode mudar de lugar. A cracolândia não é um lugar. A cracolândia é um sistema que lucra pelo menos R$ 200 milhões por ano. Então, a gente vai precisar, junto com a PM, junto com a civil, se perguntar como é que o crack entra, se tem hotel envolvido, se tem agente público corrompido nesse processo. Como esse dinheiro é lavado. Tem que sufocar o crime e ao mesmo tempo olhar para a questão de saúde pública”, disse.
Pessoas em situação de rua
“A gente tem hoje uma variação muito grande dos números que eu acredito que é de 80 mil pessoas e dos números que a prefeitura trabalha que de fato é de 30 mil. Então a primeira coisa que eu espero fazer como prefeita é fazer o censo, como é que a prefeitura vai criar caminho ou alternativa se a gente não consegue se entender sobre quantas pessoas têm na rua. Se a gente não sabe o porquê que a pessoa está lá, se a gente não sabe o quantitativo, a gente não consegue criar um caminho para ela. Quem tá ali porque perdeu a casa é moradia primeiro. Quem tá ali porque foi despejado, a mesma coisa. Quem tá ali porque perdeu um emprego, é um curso profissionalizante. Quem tá ali porque tem um transtorno mental, é saúde”, disse.