O presidente da Voepass, Eduardo Busch, e o diretor de operações da companhia, comandante Moura, disseram, em entrevista coletiva realizada no início da noite desta sexta-feira (9), que a aeronave ATR-72, que caiu em Vinhedo (SP) matando 62 pessoas, passou por manutenção de rotina na noite anterior ao acidente.
"Essa aeronave saiu de Ribeirão Preto, onde fica a nossa base principal de manutenção. Ela fez manutenção de rotina na noite anterior [quinta-feira (8)] e saiu daqui sem nenhum tipo de problema técnico que inviabilizasse a sua aeronavegabilidade. Então, a aeronave estava perfeitamente aeronavegável, dentro dos regulamentos, dos manuais, dos requisitos tanto do fabricante, autoridades e dos nossos processos internos", disse o comandante Moura.
O presidente da companhia destacou que ainda não há informações concretas sobre as causas do acidente.
Qualquer informação a respeito disso não passa de mera especulação e hipóteses.
O diretor de operações ressaltou que ainda é prematuro apontar o que aconteceu, mas ele não descarta a possibilidade de que um congelamento na asa tenha contribuído para o acidente.
"O ATR tem características de voo, ele tem uma sensibilidade um pouco maior a situação de gelo, mas essa possibilidade não é descartada. Assim como também nenhuma hipótese é descartada neste momento."
A Voepass foi fundada na década de 90 como Passaredo e mudou de nome depois de uma fusão com outra companhia. O avião que saiu de Cascavel, no Paraná, deveria pousar no Aeroporto Internacional de Guarulhos.