Austríacos são europeus mais satisfeitos; alemães em baixa

Apesar de pandemia, guerra e outras crises, cidadãos da União Europeia se mostraram bastante felizes, numa pesquisa de 2022. Áustria galgou o topo, acima da Finlândia, enquanto Alemanha despencou para penúltimo lugar.

Por Deutsche Welle

Austríacos são europeus mais satisfeitos; alemães em baixa
DW

Será por causa do schnitzel e o ar fresco de montanha? Provavelmente os clichês que os estrangeiros cultivam em torno da pequena Áustria não têm qualquer fundamento, mas, segundo relatório recente da agência de estatísticas da União Europeia Eurostat, seus habitantes são os mais satisfeitos do continente.

Numa escala de 1 a 10, os austríacos alcançaram uma pontuação total de 7,9, situando-se à frente da Finlândia, Polônia e Romênia, todas com 7,7. A julgar pelos dados sobre cada um dos 27 Estados-membros coletados em 2022, a média da UE é de 7,1 pontos. Quanto à nórdica Finlândia, há anos ela domina o Relatório de Felicidade Mundial das Nações Unidas, que emprega uma metodologia ligeiramente diferente.

Apesar das múltiplas crises dos últimos anos na região, como a pandemia de covid-19, inflação e a proximidade da guerra na Ucrânia, a consulta revelou um alto nível de satisfação geral. As questões envolveram condições de vida materiais, como renda ou moradia, a qualidade do lazer e as relações interpessoais.

Embora a Eurostat não tenha ainda divulgado a apuração detalhada para cada seção, em 2018 os austríacos se declararam especialmente felizes com suas relações pessoais, com uma média de 8,6 – a mesma que os eslovenos, os malteses e os irlandeses.

Campeão é de fora da UE; Alemanha despenca

Fora a Áustria, a Suíça se destacou no estudo recente, superando toda a UE em satisfação, com uma cotação de 8,0. Apesar de não ser membro da comunidade, o país alpino costuma ser incluído pela Eurostat, devido aos estreitos laços econômicos e a proximidade geográfica com o bloco.

A agência também constatou que, em todos os países, os cidadãos de nível educacional mais elevado se declararam mais felizes do que os demais. A diferença mais pronunciada foi na Eslováquia, com 1,6 ponto de distância entre os portadores de graduação universitária e os que não concluíram o ensino médio.

Além disso, na maioria dos países os jovens também se manifestaram mais satisfeitos do que os mais idosos. A tendência só se reverte na região da Escandinávia, na Holanda, Irlanda e Luxemburgo. Foi interpretada como um possível sinal de integração a aproximação entre as pontuações dos 27 Estados-membros, comparado a anos anteriores.

A Bulgária tem consistentemente ocupado o último lugar do ranking, embora seus 5,6 pontos sejam uma melhora em relação aos 4,8 de 2018. Por sua vez, a Alemanha caiu sensivelmente: enquanto quatro anos antes aparecia apenas 0,6 ponto abaixo da Áustria, em 2022 bateu um novo recorde negativo, com 6,5, a cotação mais baixa depois da Bulgária.

Autor: David Ehl

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