Áustria revê segurança após frustrar atentado em show de Taylor Swift

Chanceler anuncia série de medidas antiterrorismo, que incluem vigilância a aplicativos de mensagens, dias depois de a polícia impedir ataque em show da cantora americana em Viena.

Por Deutsche Welle

O chanceler federal da Áustria, Karl Nehammer, anunciou nesta terça-feira (13/08) uma série de medidas antiterrorismo que visam reforçar a segurança interna do país, após a polícia impedir um atentado planejado para ocorrer em um show da cantora americana Taylor Swift em Viena.

Essas medidas, que incluem ações de vigilância sobre as telecomunicações, são bastante impopulares na Áustria em razão de preocupações com questões de privacidade.

Em postagem na rede social X, Nehammer afirmou que iria apresentar uma série de medidas para impor "ações decisivas contra atividades terroristas". O chanceler incluiu na postagem um link para um artigo no jornal austríaco Krone, onde constavam as ações a serem adotadas.

A estratégia visa permitir que as agências de segurança possam monitorar conversas em aplicativos de mensagens, o que atualmente é ilegal na Áustria.

O país na Europa Central possui leis rígidas de privacidade e proteção de dados, algo que o partido de Nehammer, o conservador Partido Popular Austríaco (ÖVP), já havia tentado mudar anteriormente. A iniciativa, porém, acabou sendo impedida pela forte oposição dos Verdes, seus parceiros na coalizão de governo.

Ações contra radicalização de jovens

As medidas incluem também a expansão das condições nas quais os menores de idade podem ser mantidos presos até julgamento.

Dos três suspeitos detidos por planejarem o atentado ao concerto de Taylor Swift, dois têm menos de 18 anos. Eles tinham a intenção de utilizar explosivos e facas na ação. Os serviços de segurança afirmaram que eles haviam jurado fidelidade aos grupos terroristas Al Qaeda e "Estado Islâmico" (EI).

Nehammer planeja investir mais em programas para evitar a radicalização de jovens e combater o que chamou de "Islã político" na Áustria. Essa é uma das ações defendidas pelo ultradireitista Partido da Liberdade (FPÖ) antes das eleições parlamentares em setembro. No momento, o FPÖ está à frente do ÖVP nas pesquisas de opinião.

rc (Reuters)

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