Aumento no teto de gastos é 'licença para gastar um pouco mais', diz Guedes

Pressionado, ministro da Economia diz que não pediu demissão do cargo

Da Redação, com BandNews FM e BandNews TV

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (22) que o aumento no teto de gastos "é uma licença para gastar um pouco mais", mas que o Brasil seguirá respeitando regras fiscais.

Com a aprovação da proposta, o texto agora vai para o plenário da Casa, onde precisa ser aprovado em dois turnos antes de seguir para o Senado.

Caso aprovada, a PEC permitirá adiar o pagamento de sentenças judiciais acima de R$ 600 mil, abrindo um espaço fiscal de R$ 83 bilhões no orçamento de 2022. Assim, abriria caminho para que o governo “fure” o teto orçamentário e viabilize o Auxílio Brasil de R$ 400.

No começo da tarde desta sexta-feira, Guedes se encontrou no Ministério da Economia com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os dois debateram nomes novos secretários na pasta e o pagamento do benefício.

Horas depois, em coletiva, o ministro afirmou que o governo não fará “nenhuma aventura” para assegurar o pagamento do auxílio, mas admitiu que terá que “gastar um pouco mais”.

“Não vamos deixar pessoas com fome”, disse o ministro.

Guedes afirmou que se criou um “barulho” ao discutir a possibilidade de furar o Teto de Gastos para ampliar o Auxílio Brasil, e afirmou ainda que a medida poderia ser tomada porque o país “é forte o suficiente”.

Segundo Paulo Guedes, não há “problema” em alterar ao Orçamento para pagar o Auxílio Brasil e ajudar caminhoneiros que sofrem como os seguidos reajustes no preço dos combustíveis. Ao mesmo tempo, disse que irá reduzir o ritmo do ajuste fiscal.

Sem demissão

Pressionado, o ministro da Economia ainda descartou deixar o cargo a curto prazo.

“Em nenhum momento eu pedir demissão”, afirmou, dizendo acreditar “na democracia brasileira”.

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