Com o novo reajuste anunciado pela Petrobras, o querosene de aviação (QAV) ultrapassa o patamar de 90% de aumento em relação a 2019.
Algumas rotas brasileiras já registram aumentos superiores a 130% no preço das passagens, segundo um levantamento feito pela metabuscador Kayak.
Procuradas pela reportagem da BandNews FM, as três principais companhias aéreas brasileiras admitem ser inevitável o repasse para o valor dos bilhetes.
A GOL afirma que, atualmente, o querosene da aviação corresponde a cerca de 50% dos custos de um voo. As cotações atuais, as maiores desde 2008, impactam os custos das operações de todas as companhias aéreas, que têm justamente no preço do QAV (querosene de aviação), a variável que mais interfere nos preços de passagens aéreas. O QAV representa hoje cerca de 50% dos custos de um voo, percentual bem acima da média histórica. Comparada a 2019, a alta é de aproximadamente 90% e, em relação aos valores do último trimestre de 2021, de 30%. Diante deste cenário, é inevitável o aumento dos valores das passagens, porém não é possível determinarmos um percentual exato em função da atual volatilidade dos preços do QAV, afirmou a empresa.
A Latam fala em alterações em voos programados e aumento de preços e serviços na ordem de 25 a 30%. Em nota, A LATAM esclarece que permanece atenta a vulnerabilidade externa em função da guerra na Ucrânia, que impacta diretamente no preço do petróleo e consequentemente, na alta do preço do querosene da aviação (QAV) e nos custos da empresa. Diante da imprevisibilidade desta crise, a empresa precisou fazer algumas alterações em voos programados para os próximos meses e postergar o lançamento de novas rotas.
Já a Azul ressalta que outros fatores também influenciam no custo dos bilhetes, como trecho, disponibilidade de assentos e compra antecipada. A Azul esclarece que os preços praticados na comercialização de seus bilhetes variam de acordo com alguns fatores importantes como trecho, sazonalidade, compra antecipada, disponibilidade de assentos, entre outros. Além disso, a companhia ressalta que a alta do dólar e do combustível, algo que vem ocorrendo sistematicamente, também são elementos que influenciam nos valores das passagens, afirmou a empresa.