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Audiência pública discute projeto para atrair comércios para o centro de SP

Reunião da Câmara de São Paulo será na quarta-feira (16). Discussão acontece após o lançamento de movimento que cobra ações da prefeitura e do governo estadual na cracolândia

BandNews FM

Audiência pública discute projeto para atrair comércios para o centro de SP
Reprodução

A Câmara de São Paulo fará uma audiência pública na quarta-feira (16) para discutir o projeto que tenta atrair mais comércios para o centro da cidade. A reunião vai acontecer após o lançamento de um movimento que cobra ações efetivas da prefeitura e do governo estadual na cracolândia, que tem a maior concentração de usuários na Rua dos Gusmões, travessa da Santa Ifigênia.  

O projeto de isenções e benefícios fiscais da prefeitura, que ainda será votado em segundo turno, tem como objetivo atrair empresas, comércio e moradores para revitalizar o centro da cidade. 

A medida também prevê a ampliação da área batizada de Triângulo SP, que passaria a incluir o perímetro formado por ruas como Sete de Abril, Praça Ramos de Azevedo, Avenida São João e Avenida Ipiranga. Para o entorno da cracolândia, um projeto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) também prevê isenção de IPTU. 

Integrante da base do governo, o vereador André Santos (Republicanos), defendeu que isso pode ajudar o centro, enquanto a vereadora Silvia da bancada feminista (Psol) acredita que esse tipo de ação não trará melhorias para a região. Enquanto a Câmara Municipal debate como atrair novos comércios para o centro, quem já está por lá pensa se vale a pena continuar. 

No primeiro protesto que reuniu moradores, trabalhadores e empresários contra a insegurança na região, realizado na última quinta-feira (10), a Santa Ifigênia foi fechada por três horas. Josimar Andrade, diretor do Sindicato dos Comerciário de São Paulo, contou à rádio BandNews FM que a situação atingiu um novo patamar no último ano e algumas lojas perderam 70% do faturamento. Um grupo de trabalho da Câmara Municipal fez um longo estudo sobre a cracolândia. 

Em média, são 1080 pessoas na região, chegando a mais de 2 mil usuários no horário da manhã.  Metade dos dependentes vem de fora da capital, sendo quase 35% são de outros estados. A disponibilidade, o preço e a facilidade para usar drogas são os fatores mais citados pelos usuários e 65% disseram que moram e dormem na cracolândia. Os usuários gastam, em média, R$ 195 por dia, dinheiro que quase metade deles confessou obter com o roubo de lojas e pessoas que passam pela região.

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