Em audiência na comissão provisória da Covid-19 no Senado, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga demonstrou preocupação com as aplicações de 2ª dose da CoronaVac e sinalizou com uma possível mudança na recomendação que permitia o uso de todas as doses que chegassem aos postos de vacinação. Anteriormente os municípios guardavam imunizantes para fazer a aplicação da 2ª dose.
"A cerca de um mês atrás se liberou as segundas doses para que se aplicassem, e agora, em face de retardo de insumo vindo da China, e como nessa semana não temos previsão de chegada da vacina do Butantan, só daqui a cerca de 10 dias, nós vamos emitir uma nota técnica a cerca desse tema", explicou ele.
Queiroga também criticou estados e municípios que criam novos grupos prioritários fora do Plano Nacional de Imunização. Em São Paulo, por exemplo, trabalhadores do transporte público protestaram e conseguiram antecipação na fila de vacinação.
O ministro ainda garantiu que o país está preparado para receber vacinas da Pfizer, que exigem uma estrutura especial de refrigeração.
Na sua palestra, Queiroga fez um paralelo entre o uso de máscaras e a imunização e voltou a ressaltar a importância do distanciamento social.
Sem citar remédios defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro, Queiroga falou em novos protocolos para o uso de fármacos no tratamento da Covid-19. Ele mencionou a dexametasona e tocilizumabe, e também afirmou que vai pedir um estudo sobre o custo/benefício do coquetel usado por Trump e liberado pela Anvisa na última semana.