A juíza Gisele Guida de Faria, da 1ª Vara Especializada em Crimes contra a Criança e o Adolescente (Veca), aceitou nesta sexta-feira (23) a denúncia do Ministério Público contra o ator José Dumont, de 72 anos, - acusado de adquirir, possuir e armazenar em seu computador e em seu telefone celular, fotografias e vídeos contendo cenas de pornografia envolvendo crianças e adolescentes de diversas idades.

Dumont foi preso em flagrante no último dia 15, e teve a prisão convertida em preventiva após passar por audiência de custódia. Ele também é suspeito de pedofilia por se relacionar com uma menina de 12 anos.

Durante as buscas feitas pela Polícia Civil foram encontradas imagens e vídeos de sexo envolvendo crianças no computador pessoal e no telefone celular do artista. A defesa do ator alegou que o material encontrado com o artista seria utilizado para trabalhos e pesquisas envolvendo o tema. No entanto, um relatório da investigação indicou a possibilidade dos arquivos terem sido produzidos pela câmera do celular dele.

Quem é José Dumont

Dumont é um ator com mais de 40 anos de carreira, mais de 40 novelas e dezenas de prêmios no cinema, incluindo dois prêmios do Festival de Gramado como melhor ator.

Entre os trabalhos de maior destaque estão os especiais “Morte e Vida Severina” (1981), “Lampião e Maria Bonita” (1982) e “Bandidos da Falange” (1983), “A história de Ana Raio e Zé Trovão” (1991), “Terra Nostra" (1995), “América” (2005) e “Nos Tempos do Imperador” (2021).

Foi também o personagem Gil, pai de Juma Marruá, na primeira versão de “Pantanal”, em 1995,

No cinema, Dumont estreou com destaque em “Morte e Vida Severina” e como o vilão de “Lúcio Flavio, o passageiro da agonia”, ambos de 1977. Em “2 Filhos de Francisco” (2005), interpretou um empresário picareta que explorava Zezé di Camargo e seu irmão Emival quando ainda eram adolescentes.