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Ameaças a escolas no 20 de abril: com reforço policial, escolas celebraram paz

Colégios se dividiram em suspender aulas e realizar programação especial, após boatos espalhados pelas redes sociais que geraram medo em pais e alunos

Da redação

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Divulgação

Escolas públicas e particulares do estado de São Paulo usaram a quinta-feira (20) para realizar atividades de promoção da paz e tolerância nos colégios. As ações especiais são uma resposta aos ataques a instituições de ensino que ocorreram pelo Brasil nas últimas semanas.

Em relação especificamente ao 20 de abril, boatos e ameaças de novos crimes neste dia estavam sendo espalhados pelas redes sociais, o que gerou medo em pais e alunos. Saiba mais sobre as fake news sobre os ataques no vídeo abaixo.

A data marca os 24 anos do massacre de Columbine, nos EUA, um dos mais conhecidos ataques escolares, e o aniversário do ditador nazista Adolf Hitler.

Na rede estadual, o fim do primeiro bimestre de 2023 aconteceu na quinta-feira (20). No fim de cada período de dois meses, acontece o Conselho de Classe, que pode ou não ter a presença de alunos. Quem define é a própria escola.

Algumas instituições preferiram realizar somente as reuniões com professores, gestores e líderes de classe. Caso da Escola Estadual Gabriel Monteiro da Silva, em Marília.

Outras optaram por desenvolver atividades especiais, celebrando a cultura de paz. Na Escola Estadual Lasar Segall, localizada na capital, estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental tiveram programação especial, com jogos e apresentações.

Em Iguape, a Escola Estadual Professora Dinorá Rocha promoveu manifestação pela paz pelas ruas da região. Alunos, professores e funcionários saíram com balões branco e mensagens de valorização à vida.

Em Taubaté e região, as Polícias Civil e Militar realizaram a Operação Impacto em todas unidades escolares da rede pública e particular. O reforço da vigilância foi para garantir a segurança de alunos e funcionários. Em Campinas, a PM também reforçou o policiamento.

Pelo país, escolas se dividiram entre suspender as aulas, para tranquilizar os pais, e manter as atividades, reforçando a comunicação sobre medidas de segurança.

Operação Escola Segura

Após o ataque a creche de Blumenau (SC), em que quatro crianças morreram, o governo federal iniciou a Operação Escola Segura. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, apresentou balanço das ações nesta quinta-feira:

  • 302 pessoas foram presas ou apreendidas pela Operação Escola Segura
  • 2.593 boletins de ocorrência registrados
  • 1.738 casos em investigação
  • 270 ações de busca e apreensão de armas a artefatos de grupos extremistas, como neonazistas
  • 812 solicitações para retirada de conteúdos online.

No dia 12 de abril, o ministro anunciou uma portaria para regulamentar redes sociais, com a finalidade de combater a violência nas escolas. Ele também apontou que plataformas podem sofrer sanções caso não proíbam este tipo de conteúdo.  

Para Dino, há uma situação emergencial, que tem “gerado uma epidemia de ataques, ameaça de ataques, assim como de difusão de pânico nas famílias e comunidades escolares".

Como denunciar ameaças

Em meio ao crescimento de casos de ataques em escolas, o governo federal criou alguns serviços para receber denúncias:

Criado como parte da Operação Escola Segura, no novo canal da Justiça podem ser enviados mensagens de texto, áudios, fotos, arquivos multimídia, links ou URLs. Quem denuncia não precisa se identificar em nenhuma das opções.

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