O Irã pretende atacar Israel em retaliação ao assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no último dia 31 de julho. Em entrevista ao Band.com.br, o professor de relações internacionais da faculdade Rio Branco, especialista em Israel e Oriente Médio, Sidney Leite, afirmou que o suposto ataque poderia gerar uma “guerra generalizada”.
“A escala do conflito deve se dar nos próximos dias e a extensão não é sabida, porém a temperatura subiu bastante e a eminência de um ataque do Irã a Israel é bem provável. Este ataque poderia desencadear uma ação mais ampla, uma guerra generalizada no Oriente Médio”, explicou.
O especialista destaca que a morte do líder palestino é o “estopim de um conflito mais amplo”. O governo iraniano e o Hamas atribuíram o atentado contra Ismail Haniyeh a Israel.
“Esse fato é apenas o estopim de um conflito muito mais amplo, que envolve dois grandes líderes regionais: Israel, que lidera a porção ocidental do Oriente Médio, e do outro lado, o Irã, o líder xiita da região. O estado, de maioria xiita, exerce uma influência direta sobre a Síria e sobre grupos que atuam na região. O mais importante dele é o Hezbollah, mas não podemos esquecer do Houtis e o próprio Hamas. A situação é muito grave”, afirmou.
Recentemente, os Estados Unidos enviaram reforço militar para a região, além de dois porta-aviões com caças supersônicos a bordo. Paralelamente, o Pentágono direcionou o submarino Georgia para a região, um dos mais destrutivos da marinha americana, capaz de lançar mísseis guiados.