Um ataque aéreo em um hospital localizado na cidade de Gaza deixou pelo menos 500 pessoas mortas e centenas de feridos nesta terça-feira (17), segundo o Ministério da Saúde local. Os palestinos acusam Israel, que nega a autoria.
“O massacre no Hospital Al-Ahli Arab não tem precedentes na nossa história. Embora tenhamos testemunhado tragédias em guerras, o que aconteceu esta noite equivale a um genocídio”, disse o porta-voz Mahmoud Basal, segundo a agência Al Jazeera.
Daniel Hagari, porta-voz do exército israelense, diz que ainda não há detalhes sobre as mortes no hospital em Gaza. “Vamos obter os detalhes e atualizar o público. Não sei dizer se foi um ataque aéreo israelense”, disse ele.
“Um novo crime de guerra e um crime contra a humanidade, os aviões de guerra israelenses atacaram o hospital árabe Al-Ahli”, declarou o Ministério das Relações Exteriores da Palestina.
Um médico ouvido pela Al Jazeera lamentou o ataque ao hospital. “O que aconteceu é terrível porque essas pessoas, todas elas, são civis. Fugiram das suas casas e chegaram a um local que acreditavam ser seguro, um hospital, que, de acordo com o direito internacional, é um local seguro”, disse.
Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, condenou os ataques à unidade de saúde. “Os primeiros relatórios indicam centenas de mortes e feridos. Apelamos à proteção imediata dos civis e aos cuidados de saúde, e à reversão das ordens de evacuação”, pontuou.
Israel acusa Jihad Palestina
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel informou que há a suspeita de que a Jihad Islâmica Palestina é a responsável pelo lançamento do míssil que atingiu o hospital na Faixa de Gaza. Para a Band, a Embaixada de Israel no Brasil afirma que o país foi bombardeado por foguetes e que estes teriam passado pelo hospital, no momento em que um deles atingiu o local.
A inteligência das Forças de Defesa de Israel afirma que, após análises, a principal suspeita é que a Jihad seria a responsável pelo lançamento fracassado que atingiu o hospital.