Uma quadrilha de cerca de 30 criminosos fortemente armados atacou a transportadora de valores Proforte e causou pânico na cidade de Guarapuava, interior do Paraná. A ação, realizada no estilo “novo cangaço”, começou por volta das 22h deste domingo (17) e durou mais de duas horas.
Os assaltantes bloquearam e atiraram contra o Batalhão da Polícia Militar e cortaram parte do fornecimento de energia do município. Eles também espalharam carros e caminhões em diversos pontos para impedir a chegada de equipes da PM e da Polícia Rodoviária Federal. Alguns veículos foram incendiados e moradores foram usados como “escudos humanos".
Horas após a ação criminosa, a Polícia Civil do Paraná apreendeu carros blindados e armamentos pesados e de uso restrito usados nos ataques. Entre eles, fuzis e submetralhadoras abandonadas nos veículos.
Após os ataques, o ministro da Justiça Anderson Torres anunciou em seu perfil do Twitter o envio de reforços da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal para a região para “prover todo o apoio necessário”. Ainda revelou que a pasta enviará ao Congresso um projeto de lei que aumenta a pena para o tipo de crime do “Novo Cangaço” de 8 para 20 anos.
O grupo conseguiu fugir em pelo menos sete carros por estradas rurais, mas sem conseguir levar valores da transportadora. Um homem suspeito de envolvimento foi preso até agora. A polícia acredita que alguns integrantes da quadrilha estejam feridos após os confrontos.
Guarapuava fica a 256 quilômetros de Curitiba e tem aproximadamente 183 mil habitantes.
Vídeo: Jornalista detalha ataque em Guarapuava
Cerco e policiais feridos
Segundo o prefeito Celso Góes, houve um confronto entre a quadrilha e a polícia durante buscas na área rural próxima a Campina do Simão, a cerca de 80 km de Guarapuava.
Ainda de acordo com ele, dois policiais foram atingidos e estão internados e estáveis. Um terceiro policial foi baleado no colete balístico.
Não há mais registros de confrontos na cidade. Mesmo assim, as aulas da rede pública e privada estão suspensas.