O homem preso suspeito de envolvimento no ataque em Guarapuava (PR) foi liberado na noite desta segunda-feira (18) após prestar depoimento por mais de 5 horas. O celular dele foi apreendido, e a Polícia Civil agora deve tentar recuperar mensagens que possam ajudar na investigação.
O suspeito tem 25 anos e é morador da cidade do interior do Paraná que foi alvo de uma tentativa de mega-assalto na noite do último domingo (17). Segundo os policiais, ele não participou ativamente do ataque, mas teria fornecido as armas de uso exclusivo das Forças Armadas que foram utilizadas pela quadrilha.
Mais de 24 horas depois da noite do tiroteio, que deixou diversas marcas pela cidade, cerca de 260 policiais continuam nos arredores de Guarapuava, principalmente no distrito de Palmeirinha, em busca dos criminosos, além de Turvo e Pitanga, cidades vizinhas.
Vídeo: “Novo cangaço” deixa Guarapuava em pânico
Como foi o ataque em Guarapuava
Uma quadrilha de cerca de 30 criminosos fortemente armados atacou a transportadora de valores Proforte e causou pânico na cidade de Guarapuava, interior do Paraná. A ação, realizada no estilo “novo cangaço”, começou por volta das 22h do domingo (17) e durou cerca de quatro horas.
Os assaltantes fizeram bloqueios em vias e atiraram contra o Batalhão da Polícia Militar da cidade. Além disso, cortaram parte do fornecimento de energia do município e espalharam carros e caminhões em diversos pontos para impedir a chegada de equipes da PM e da Polícia Rodoviária Federal. Alguns veículos foram incendiados e moradores foram usados como reféns e até “escudos humanos".
O grupo conseguiu fugir em pelo menos sete carros pela BR 27. Nenhum valor foi levado da transportadora. Guarapuava fica a 256 quilômetros de Curitiba e tem aproximadamente 183 mil habitantes.
Vídeo: Band mostra cidade após ataque de criminosos
Segundo o prefeito Celso Góes, houve um confronto entre a quadrilha e a polícia durante buscas na área rural próxima a Campina do Simão, a cerca de 80 km de Guarapuava.
Ainda de acordo com ele, dois policiais foram atingidos e estão internados e estáveis, além de um morador da cidade. Um terceiro policial foi baleado no colete balístico.
Não houve mais registros de confrontos na cidade ou de bloqueios em estradas. Mesmo assim, as aulas da rede pública e privada foram suspensas.
Guarapuava tem uma ampla presença das forças de segurança, incluindo um quartel do Exército, mas nem isso intimidou os criminosos. O prefeito definiu a situação como um “estado de guerra” em entrevista à Rádio Bandeirantes.