"Atacarejo" vira opção de economia para consumidores na crise

Pessoas formam até grupos em busca de preços mais baixos em comércio que mistura atacado e varejo

Da Redação, com Jornal da Band

Seis em cada 10 brasileiros já fazem compras nos chamados “atacarejos” - uma mistura de atacado com varejo. As vendas cresceram nesses supermercados com os consumidores comprando mais e pagando menos. As informações são do Jornal da Band.

A cada 15 dias, o casal César Souza e Vila Oliveira fazem compras para abastecer a casa. Pela primeira vez, no entanto, foram buscar os itens em um atacarejo. 

“A gente vai fazer um cálculo, pegar o que a gente precisa. Se a gente ver que realmente compensa, a gente pega mais algumas coisas”, disse a dona de casa. 

No carrinho, principalmente produtos que duram um bom tempo na despensa. 

Aqui os produtos têm dois preços. Um para quem vai comprar uma unidade apenas. Outro para quem vai levar em quantidade maior. É em busca dessa diferença que muita gente tem vindo nos últimos anos. E o movimento que se intensificou com a pandemia. 

É o caso da gerente de produtos Daniela Costa. Comprar em maior quantidade é um jeito de economizar e sair menos de casa. 

“Tem preço melhor de algumas coisas e aí a gente evita a saída para o mercado várias vezes ao mês”, justifica. 

Tem também grupos, de parentes e até vizinhos, que se juntam para comprar pelo valor menor e depois dividem os produtos. 

De janeiro a março deste ano, as vendas nos atacarejos cresceram 22% na comparação com o mesmo período de 2020, bem acima da média do setor (14%). 

“Isso tem a ver com a inflação, com a piora da renda das pessoas e, talvez, isso possa ser explicado por causa da pandemia”, opina o economista Luís André da Costa. 

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