Depois do título inédito do São Paulo na Copa do Brasil, uma polêmica tomou as redes sociais. Marcelle Decothé, assessora da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, criticou a torcida tricolor. Ela esteve no Morumbi na decisão contra o Flamengo, no último domingo (24).
Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade... pior de tudo, pauliste – escreveu Marcelle Decothé.
Casares afirmou que Anielle ligou, pediu desculpas e afirmou que medidas serão tomadas. “Como presidente do São Paulo Futebol Clube, torcedor, e, principalmente como cidadão engajado nas causas sociais, seguirei na luta para que situações como essa não se repitam. Aguardamos, com urgências, as providências cabíveis. O São Paulo é de todos", disse o presidente são-paulino.
A publicação polêmica rendeu diversos debates nas redes sociais e também chegou a lideranças da torcida são-paulina. Baby, presidente da Independente, principal organizada do Tricolor, criticou a publicação de Marcelle Decothé.
“Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, sua irmã, Marielle, que foi morta na mão de miliciano, defendendo negro, branco, pobre, todas as causas sociais, deve estar chorando lá em cima no céu. Eu sei que ela é do bem”, começou Baby. “Você levou uma racista e preconceituosa para o Morumbi, que falou que a torcida do São Paulo é descendente de europeu, é uma torcida de branco e que o povo paulistano é um povo de m*. Com todo respeito, estou envergonhado. Tenho nojo dessa tal de Marcela.”
Ida de ministra ao Morumbi virou polêmica
O Ministério da Igualdade Racial divulgou, na segunda-feira (25), uma nota para explicar o uso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pela ministra da pasta para ir à final da Copa do Brasil.
Em vídeo publicado nas redes sociais, a ministra, de dentro da aeronave, disse que a ida ao Morumbi foi para assinar um inédito protocolo de intenções contra o racismo nos esportes.
Após ser alvo de críticas, sobretudo por parte de opositores ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério da Igualdade Racial reforçou que o uso do avião da FAB foi de caráter profissional, a fim de combater o racismo no futebol. A pasta também informou que o acordo é debatido desde fevereiro e que a ação culminou no jogo de domingo.
“A final da Copa do Brasil foi escolhida para a realização da ação de divulgação pelo alto número de pessoas presentes no estádio e pela grande audiência, típica de uma final de campeonato, independente de quais clubes a disputassem”, diz trecho da nota da pasta.