A polícia prendeu na manhã desta terça-feira (31) um suspeito de planejar o ataque em Araçatuba. O homem, cuja identidade não foi divulgada, seria integrante do setor de “inteligência” da quadrilha e não teria ido a campo participar do assalto.
Outros dois suspeitos já haviam sido presos logo após o crime, um morreu em confronto com a polícia e outro foi baleado e segue internado na Santa Casa da cidade.
O homem que morreu era Jorge Carlos de Mello, de 38 anos, integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O suspeito tinha uma extensa ficha criminal e sete passagens pelo sistema carcerário.
Nesta manhã, Araçatuba segue com aulas suspensas, com parte do comércio fechado e com o transporte público operando com restrições, especialmente na região central, onde agentes do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) trabalham para identificar e desativar artefatos explosivos que foram espalhados pelos criminosos.
Há cerca de 40 bombas distribuídas pelo município, além de um caminhão cheio de artefatos. Parte dos explosivos já foi desativada.
Assalto em Araçatuba
A cidade de Araçatuba (SP), no noroeste do estado de São Paulo, foi alvo de um pesado ataque na madrugada desta segunda-feira (30), em uma ação característica do chamado “novo cangaço”.
A partir das 23h50 de domingo (29), dezenas de criminosos ocuparam regiões do município com explosivos e armas de grosso calibre, como fuzis e metralhadoras. Nas horas seguintes, roubaram três agências bancárias.
Segundo testemunhas, eram pelo menos 30 criminosos. Durante mais de duas horas houve troca de tiros com os policiais. A sede de um Batalhão da Polícia Militar também foi atacada.
Ao longo da madrugada, para evitar disparos policias, a quadrilha chegou a usar reféns como escudos humanos. Alguns deles foram colocados sobre os carros usados nos crimes.
A investigação aponta que dez carros e um drone foram usados pela quadrilha na ação. O grupo conseguiu fugir com uma quantia em dinheiro, mas ainda não se sabe quanto.
Na fuga, carros e caminhões em chamas foram espalhados por entradas da cidade, de forma a atrapalhar o acesso da polícia.
Inicialmente, três pessoas morreram em decorrência dos ataques.