O corpo de Jô Soares foi cremado na manhã deste sábado (6) em Mauá, na Grande São Paulo, em uma cerimônia restrita à família e amigos. O ator, humorista e apresentador morreu na madrugada desta sexta-feira (5) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, aos 84 anos. A família não autorizou a divulgação da causa da morte.
O governo do estado de São Paulo e a Prefeitura da cidade de São Paulo publicaram neste sábado (6) no Diário Oficial os decretos que determinam luto oficial de três dias pela morte de Jô.
No decreto, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) destaca que José Eugênio Soares, o Jô,Soares, teve “notável trajetória intelectual, artística e pública” e foi um “expoente da cultura brasileira, como humorista, apresentador, diretor, dramaturgo, roteirista e escritor”.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) considerou “a importância e singularidade da atuação de Jôp Soares na cena cultural brasileira ao longo de mais de 60 anos”.
Artista completo
Nascido em 1º de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro, José Eugênio Soares foi ator, humorista, apresentador de televisão, dramaturgo e diretor. Ele teve passagem nas emissoras TV Rio, Tupi, Excelsior, Record, SBT e na Globo.
A partir de 2000, Jô Soares começou a apresentar aquele que se seria seu programa mais famoso, o “Programa do Jô”, na TV Globo, encerrado em 2016.
Jô Soares sempre fez questão de ser chamado de “Gordo”. Em entrevista ao jornalista Ricardo Boechat na Rádio BandNews FM em novembro de 2017, Jô falou por que adotou o apelido que marcou sua carreira e contou detalhes de sua vida.
“Acho genial usar a palavra gordo em uma forma de carinho. É perfeito. Não gosto de gordinho. Não existe gordinho. Sou gordo”, disse Jô no papo com Boechat. Jô colocou a palavra “gordo” na maioria dos títulos dos seus trabalhos no teatro e na TV.