O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse na manhã deste sábado (10) que as instituições brasileiras são “fortalezas que não se abalarão com declarações públicas e oportunismo”.
O parlamentar estava sendo cobrado por não se pronunciar até o momento a respeito da declaração do presidente Jair Bolsonaro ameaçando a realização das eleições em 2022.
Ontem (9), o líder do Executivo disse que sem voto impresso não haverá eleição no ano que vem. A fala ocorreu no mesmo dia em que uma pesquisa do Instituto Datafolha apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou vantagem sobre Bolsonaro e marcou 58% a 31% no segundo turno. A pesquisa PoderData/Band divulgada na quarta-feira também mostrou a liderança do petista nas intenções de voto.
A fala provocou reações duras do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que presidirá o TSE no ano que vem.
Tanto Barroso quanto Moraes falaram em “crime de responsabilidade”. Pacheco, por sua vez, lembrou que qualquer mudança na Constituição, que assegura a realização de eleições presidenciais a cada quatro anos, precisa ser feita pelo Congresso.