Arqueólogos encontraram um pequeno cômodo de 16 metros quadrados com três camas que acreditam ter sido um quarto de escravos em uma vila ao norte de Pompeia, na Itália. O cômodo fica na Civita Giuliana, onde já tinha sido encontrada uma carruagem cerimonial e um estábulo com cavalos arreados.
O quarto é bastante humilde, com apenas uma janela que ficava no alto e não aparenta ter tido nenhum tipo de decoração nas paredes. As camas são feitas com tábuas de madeiras que podiam ser adaptadas de acordo com a altura de quem dormia nelas.
Duas delas medem 1,7 metro enquanto a terceira mede 1,4 metro, o que sugere que o quarto era a morada de uma pequena família.
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Além das camas, foram encontrados jarras de cerâmica, várias ânforas e um urinol. Um baú de madeira guardava objetos de metal e tecido usados no cuidado dos cavalos, o que indica que também se tratava de um depósito e que a família seria parte dos trabalhadores do estábulo encontrado perto dali em 2018. Um eixo de carruagem ficou preservado em cima de uma das camas.
"Essa é uma janela para a realidade precária de pessoas que raramente aparecem nos registros históricos, que foram escritos quase exclusivamente pela elite," disse Gabriel Zuchtriegel, diretor do Parque Arqueológico de Pompeia.
Pompeia e seus arredores foram soterrados com a erupção do Vesúvio em 79 d.C. As suas ruínas ficaram muito bem preservadas graças a uma camada grossa de cinzas e detritos vulcânicos que cobriram toda a região.
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Segundo especialistas, ainda há muito o que ser revelado sobre Pompeia e seu subúrbio. De acordo com os registros do Parque Arqueológico de Pompeia, apenas 2/3 da cidade já "emergiram" das cinzas desde que as escavações no local começaram, em meados do século 18.