Argentina condena revogação de custódia do Brasil sobre embaixada na Venezuela

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores agradeceu ao Brasil pela ‘representação dos interesses argentinos em território venezuelano’

da redação

Forças venezuelanas cercam embaixada da Argentina em Caracas
REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

O Ministério das Relações Exteriores da Argentina condenou neste sábado (7) a decisão do governo de Nicolás Maduro de revogar a custódia do Brasil sobre a embaixada do país na Venezuela

“Ações como estas reforçam a convicção de que os direitos humanos fundamentais não são respeitados na Venezuela de Maduro”, declarou a chancelaria argentina. 

“A República Argentina rejeita essa medida unilateral e alerta o governo venezuelano que deve respeitar a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que consagra a inviolabilidade das instalações da missão. Qualquer tentativa de intromissão ou rapto dos requerentes de asilo que permanecem na nossa residência oficial será duramente condenada pela comunidade internacional”, diz trecho da nota. 

O governo de Javier Milei também agradeceu ao Brasil pela “representação dos interesses argentinos em território venezuelano” e disse apreciar o “compromisso e responsabilidade em assegurar a custódia das propriedades argentinas” na Venezuela. 

Mais cedo, o governo brasileiro declarou que recebeu “com surpresa” a comunicação da revogação da custódia da embaixada da Argentina na Venezuela e avisou que representará o país até que Buenos Aires escolha outro país para exercer a função. 

“De acordo com o que estabelecem as Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e sobre Relações Consulares, o Brasil permanecerá com a custódia e a defesa dos interesses argentinos até que o governo argentino indique outro Estado aceitável para o governo venezuelano para exercer as referidas funções”, declarou o Itamaraty em comunicado.

“O governo brasileiro ressalta nesse contexto, nos termos das Convenções de Viena, a inviolabilidade das instalações da missão diplomática argentina, que atualmente abrigam seis asilados venezuelanos, além de bens e arquivos”, completou. 

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