Após fortes chuvas, governo federal se coloca à disposição do Rio

Cidade do Rio de janeiro está em estágio 4 (em uma escala de 5) desde a madrugada deste domingo (14). Capital e Região Metropolitana já registraram nove mortes

Da Redação

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Equipes da prefeitura do Rio fazem trabalho de limpeza da Avenida Brasil
Reprodução/Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), usou as redes sociais na tarde deste domingo (14) para informar que recebeu uma ligação do ministro Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para colocar o governo federal disposição da capital fluminense após as fortes chuvas.

“Recebi ligação do ministro Waldez Góes, em nome do presidente Lula, colocando-se à disposição da cidade do Rio no enfrentamento dos problemas causados pelas chuvas que nos atingiram na madrugada de domingo. Agradeço pela solidariedade e apoio”, escreveu Eduardo Paes. 

Em nota, o ministro Waldez Góes informou que colocou a estrutura da Defesa Civil Nacional à disposição do município, tanto em termos de recursos quanto de pessoal.

“Estamos acompanhando de perto a situação do Rio de Janeiro e iremos fazer tudo o que for necessário para atender a população afetada", destaca o ministro Waldez Góes. “Estamos prontos para enviar uma equipe da Defesa Civil Nacional para dar apoio no atendimento à população afetada e nos procedimentos necessários para a solicitação de recursos federais”, completa.

Segundo Waldez Góes, o Governo Federal pode auxiliar com recursos para ações de assistência humanitária, como compra de alimentos e água potável, entre outros, e também para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura pública destruída ou danificada pelo desastre.

“Não faltarão recursos federais para atendimento à cidade do Rio de Janeiro. Essa é uma determinação do presidente Lula para qualquer caso de desastre em nosso País”, afirma.

O Rio está em estágio 4 (quarto nível numa escala de 5) devido às fortes chuvas desde às 02h45 deste domingo. Além disso, diversas ocorrências estão em andamento e provocam impactos na rotina da cidade, principalmente na Zona Norte, Avenida Brasil e no transporte público. 

A Defesa Civil do Rio de Janeiro confirmou a morte de ao menos nove pessoas na capital e na Região Metropolitana, sendo uma mulher vítima de afogamento, no Irajá; duas mortes por afogamento, em Nova Iguaçu; um homem soterrado, em Ricardo de Albuquerque; um homem eletrocutado e outro afogado em São João de Meriti; um homem afogado em Comendador Soares; uma morte em Belford Roxo.; e vítima eletrocutada em Duque de Caxias.

O governador Cláudio Castro lamentou as mortes das sete pessoas e expressou solidariedade às famílias e amigos das vítimas. “Minhas condolências a todos que enfrentam este momento de dor”, disse. 

Devido às fortes chuvas, a Avenida Brasil, uma das principais vias da capital, foi totalmente interditada devido pontos de alagamento. Porém, foi totalmente liberada ao trânsito. A prefeitura do Rio continua orientando para que a população não se desloque pela cidade. 

“No momento, segundo o Sistema Alerta Rio, núcleos de chuva perdem intensidade, porém, permanecem atuando de forma contínua podendo ocasionar o aumento desses acumulados de chuva”, informou o Centro de Operações do Rio de Janeiro. As 29 sirenes acionadas desde a madrugada deste domingo foram silenciadas em função das reduções dos acumulados pluviométricos. 

A cidade de Niterói, na Região Metropolitana, registrou recorde histórico no volume de chuva. O temporal chegou ao ápice na noite de sábado (13), quando a cidade teve o maior registro de chuva em um intervalo de uma hora desde que a medição é realizada pelo município. Foram 120,2 milímetros, o que representa mais de 80% do volume esperado para todo o mês de janeiro.

O temporal também afetou o funcionamento do transporte público. O alto volume de água, principalmente no bairro Acari, impossibilitou a abertura completa do sistema do metrô. Neste domingo (14), a linha 2 opera entre as estações Colégio e General Osório/Ipanema.

A estação de trem Oswaldo Cruz, da SuperVia, foi fechada para embarque e desembarque. Os trens com destino à Central do Brasil, dos ramais Japeri e Santa Cruz, não realizam parada nas estações Marechal Hermes e Prefeito Bento Ribeiro.

Na cidade do Rio, a Comlurb mobilizou 900 garis para atuarem nas zonas Norte e Oeste. Em toda a capital, são mais de 1.400 trabalhando na limpeza e remoção de resíduos.

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