As casas dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal passaram por uma extensa vistoria após os ataques a bomba na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O autor do atentado morreu em uma das explosões.
Segundo apuração da Band, os imóveis passaram pela varredura entre quinta (14) e sexta-feira (15), em busca de explosivos. Foram verificados pontos de contato externo, como lixeiras, caixas de correio, entre outros. Nada foi encontrado.
O autor do atentado a bomba à sede do Supremo, segundo investigações, tinha como alvo Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
No mesmo dia do atentado, Francisco Wanderley Luiz visitou a Câmara dos Deputados. Em agosto, ele foi ao plenário do Supremo e disse que tinham deixado “a raposa entrar no galinheiro”.
O chaveiro passou os últimos meses vivendo em uma casa alugada em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes, na área central de Brasília.
Além da casa, onde preparou ao menos parte dos artefatos explosivos, ele alugou um trailer que estava estacionado próximo à Praça dos Três Poderes, junto a outros veículos adaptados para permitir a venda de alimentos.
Investigação
Alexandre de Moraes foi escolhido pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, para ser o relator do inquérito que vai apurar as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal. Após as explosões, a Polícia Federal abriu a investigação para apurar a motivação do atentado.
A escolha foi feita com base na regra de prevenção. Moraes já atua no comando das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.