Após demora, desembargadores afastados no MS colocam tornozeleira eletrônica

Os suspeitos passaram a usar o objeto na última terça-feira (05) à noite, doze dias depois de serem alvos de uma operação da Polícia Federal

Da redação

Desembargadores do TJMS são investigados por suposta venda de setença
Foto: Divulgação

Os cinco desembargadores do Mato Grosso do Sul, afastados das funções pelo Superior Tribunal de Justiça por suspeita de vendas de sentenças, colocam a tornozeleira eletrônica e agora são monitorados conforme determinação do STJ.

A informação foi confirmada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário sul-mato-grossense. Os suspeitos passaram a usar o objeto na última terça-feira (05) à noite, doze dias depois de serem alvos de uma operação da Polícia Federal.

Um conselheiro do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul e um servidor do TJ-MS também foram afastados do trabalho.

O Superior Tribunal de Justiça enviou ao Supremo Tribunal Federal a investigação da Polícia Federal sobre a possível venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul. 

Segundo a Polícia Federal, as negociações aconteciam por meio dos filhos dos magistrados, que são advogados e usariam os próprios escritórios para burlar as formas de rastrear o dinheiro.

A Operação Última Ratio apreendeu cerca de R$4 milhões em espécie, além de 40 armas.

Somente na casa do desembargador aposentado Júlio Siqueira Cardoso, foram apreendidos quase R$ 3 milhões em dinheiro vivo.

Além das armas e do dinheiro, os agentes também apreenderam documentos, celulares, computadores, mídias, anotações, entre outras coisas.

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