Após 40 mortes de pessoas à espera de um leito, Ribeirão Pires, na Região Metropolitana de São Paulo, zerou a fila de pacientes aguardando por uma vaga de UTI. As informações são da repórter Maju Arruda Leite, da Rádio Bandeirantes.
O sistema de saúde da cidade entrou em colapso no início de março, quando duas pessoas morreram esperando por um atendimento em terapia intensiva.
O município conta com apenas um Hospital de Campanha que operou com 100% de capacidade por 30 dias.
Como alternativa, a única Unidade de Pronto Atendimento foi improvisada para atender 18 pacientes internados.
Desde o início de fevereiro, a Prefeitura alertou o governo de São Paulo sobre a necessidade de investimentos para atender os infectados com a doença.
O secretário de saúde, Audrei Rocha, afirma que contou com a ajuda de empresários para adquirir equipamentos e garantir atendimento.
O número de pessoas aguardando uma vaga no sistema de regulação de leitos do estado chegou a 23 pacientes.
O isolamento social foi o principal motivo para desafogar o sistema hospitalar da cidade. Na primeira semana de março, a média de infectados por Covid-19 foi de 41 pessoas por dia.
Já nos primeiros 7 dias de abril, esse índice baixou pela metade, registrando 20 infectados a cada 24 horas.
Segundo o secretário Audrei Rocha, hoje, não há mais nenhum paciente internado na UPA. A taxa de ocupação dos leitos de emergência no Hospital de Campanha é de 65%.
Amanhã, dez vagas de UTI serão instaladas com um repasse de mais de um milhão de reais do governo de São Paulo.