Sócio da 123 Milhas, o empresário Ramiro Madureira pediu desculpas aos clientes lesados pelo cancelamento de pacotes de viagens da linha “Promo”. Apesar disso, ele não soube explicar como ressarcirá os consumidores com base na devolução corrigida do dinheiro da compra, já que a oferta de vouchers não foi bem aceita.
“Gostaria de pedir as minhas sinceras desculpas aos nossos ex-colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros pelos transtornos que a nossa empresa causou. Gostaríamos, também, de pedir desculpas aos senhores deputados pelo não comparecimento na sessão anterior”, disse o CEO da 123 Milhas.
A declaração do empresário ocorre após duas tentativas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras em ouvir um representante da 123 Milhas. Madureira explicou que as ausências anteriores se deram pela necessidade de se buscar soluções para quem foi lesado.
Quando questionado sobre como pretende ressarcir os clientes, dada a inconstitucionalidade na oferta de vouchers, alguns deles parcelados e que não podem ser usados na mesma compra, Madureira reconheceu que a ideia não foi bem aceita e que busca, junto aos órgãos públicos, uma forma de devolver os valores.
A solução possível para aquele momento foi o voucher. Como disse, não foi bem aceita. Cabe a nós, agora, achar uma solução em comum, junto com os órgãos públicos, que o consumidor seja atendido e a 123 consiga ressarci-los [...]. Estamos confiantes de que vamos conseguir ressarcir todos os clientes (Ramiro Madureira)
A empresa teve o pedido de recuperação judicial aceito. Com isso, processos contra a 123 Milhas serão congelados por 180 dias para que ela possa superar os prejuízos financeiros. De acordo com Madureira, na próxima semana, haverá uma reunião com a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon) para a negociação de uma compensação dos clientes.