Anvisa suspende estudos clínicos da vacina Covaxin no Brasil

Decisão cautelar acontece após Bharat Biotech encerrar acordo com a Precisa Medicamentos após supostas irregularidades

Da Redação, com BandNews TV e Band Notícias

A Anvisa suspendeu, na noite desta sexta-feira (23), os estudos clínicos da Covaxin no Brasil de forma cautelar.

Os ofícios comunicando a suspensão cautelar foram enviados ao Instituto Albert Einstein, coordenaria os testes com a vacina indiana contra a covid-19, e à patrocinadora do estudo, a empresa Precisa Medicamentos.

A aplicação da vacina em voluntários brasileiros não chegou a acontecer.

A suspensão foi realizada em decorrência do comunicado da empresa indiana Bharat Biotech, enviado para a Anvisa horas antes. Nele, a farmacêutica indiana, que produz a Covaxin, informa que a empresa Precisa não possui mais autorização para representar a Bharat no Brasil, o que inviabiliza a realização do estudo, na avaliação da Anvisa.

A Bharat negou a autenticidade de dois documentos enviados pela Precisa Medicamentos para o Ministério da Saúde. Os papéis que tratavam da negociação de doses tinham carimbo e assinatura de um suposto diretor-executivo, além de erros de grafia no nome do laboratório e de endereço. Em nota, a empresa indiana disse que os documentos não foram emitidos pela empresa ou por seus executivos.

O contrato de compra de 20 milhões de doses da Covaxin, imunizante indiano negociado pela Precisa com o Ministério da Saúde, entrou no radar da CPI da Pandemia após denúncias dos irmãos Miranda sobre pressões para a rápida conclusão do processo de compra pelo Ministério da Saúde e irregularidades nos termos acordados.

O Ministério da Saúde também decidiu cancelar o contrato com a Precisa, acordado em R$ 1,6 bilhão, já suspenso anteriormente.

A Precisa lamentou a decisão e afirmou que não cometeu irregularidades.

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