Anvisa concedeu a autorização para a pesquisa clínica da Butanvac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan. O instituto ainda deve dar mais informações para a agência antes do início dos testes.
A primeira etapa do estudo clínico vai imunizar 400 voluntários. Ao todo, são três etapas e o Butantan deve vacinar 6 mil pessoas com mais de 18 anos com duas doses e intervalo de 28 dias entre elas.
O governador de São Paulo João Doria comemorou a aprovação em sua conta de Twitter e informou que o Butantan já tem 7 milhões de doses prontas: “A Anvisa acaba de autorizar os testes clínicos com a ButanVac, a vacina do Butantan contra a Covid-19, que não depende de insumos de outros países para sua produção”.
Doria anunciou em 28 de abril que o Instituto Butantan começaria a produzir a vacina, mesmo antes da liberação dos testes, com previsão de ter 18 milhões de doses até junho.
As informações eram de que a produção corre em paralelo com a da CoronaVac e não interfere nas entregas da vacina em parceria com a Sinovac. A vantagem é que a Butanvac vai ser fabricada inteiramente no Brasil sem depender da importação de insumos da China, que tem gerado atrasos.
A Anvisa inicialmente pediu mais documentos e foram dois meses de troca de informações até que a agência aprovasse a pesquisa.
Se a vacina tiver segurança e eficácia comprovadas pelo estudo, a vacinação pode ser acelerada no segundo semestre.
A Fiocruz também está em processo de desenvolvimento de IFA 100% nacional e deve começar a entregar imunizantes produzidos integralmente no Brasil a partir de outubro.