A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta sexta-feira (28) o uso de autotestes de covid-19 no Brasil. A reunião não contou com a presença do diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres.
A medida vale apenas para os testes antígenos e não para os testes RT-PCR. A decisão não tem tem efeito imediato. As empresas interessadas em comercializar o autoteste devem pedir o registro junto à Anvisa, que deve aprovar a comercialização do produto.
No dia 19 de janeiro, os técnicos da agência se reuniram para discutir a autorização e a viabilidade de comercialização ao consumidor de testes rápidos de antígeno para diagnóstico de covid-19, os chamados autotestes.
Alegando falta de informações e “lacunas” na documentação enviada pelo Ministério da Saúde, a decisão foi adiada.
O ministério liderado pelo ministro Marcelo Queiroga considera que o autoteste “pode ser uma excelente estratégia de triagem” e, pelo resultado rápido, deve “acelerar o início do isolamento dos casos positivos e as ações para interrupção da cadeia de transmissão”.
Podcast: Tire suas dúvidas sobre o autoteste de covid-19
O principal problema técnico pontuado por profissionais da Anvisa seria a falta de uma política pública envolvendo o uso do autoteste. A agência temia que, com os diagnósticos feitos em casa, o Brasil enfrente uma subnotificação de casos confirmados de covid-19.
Nesta semana, o ministério enviou uma documentação complementar em que orienta que os pacientes com resultado positivo na autotestagem procurem unidades de saúde para que profissionais qualificados confirmem o diagnóstico e, em seguida, notifiquem as autoridades.