A Agência Nacional de Vigilancia Sanitária aprovou a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina Covid-19 na Fundação Oswaldo Cruz nesta sexta-feira (30). A transferência de tecnologia da Astrazeneca para Bio-Manguinhos foi autorizada.
Com isso, a Fiocruz está autorizada a iniciar a produção de lotes pilotos em escala comercial do imunizante com o IFA produzido no Brasil. A produção vai ser destinada ao SUS. Após a realização dos testes, a fundação deve solicitar a inclusão do insumo no registro ou fazer um pedido de autorização de uso emergencial.
A aprovação acontece após vistoria nas instalações de Bio-Manguinhos, onde ficou comprovado que o local cumpre os requisitos das Condições Técnico-Operacionais para iniciar a produção de lotes.
A Fundação Oswaldo Cruz afirma que a negociação com a farmacêutica AstraZeneca está em fase adiantada para a entrega de mais IFA para produção da vacina contra a covid-19 entre agosto e setembro, pois ainda não há previsão de entrega de doses nesse período.
O último lote do ingrediente vindo da China chega ao Brasil em junho, e as remessas só serão suficientes para o envase de vacinas até julho. O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, afirma que a fundação busca outras formas de abastecer o Programa Nacional de Vacinação.
Nesta sexta (30), mais 6,5 milhões de doses foram entregues pela Fiocruz ao Ministério da Saúde. Com mais esse quantitativo, a fundação superou a previsão de entrega para o mês de abril, que era de 18,8 milhões, somando 19,7 milhões de doses.
A entrega desta semana foi realizada em duas remessas. 590 mil foram enviadas direto para o Estado do Rio.
No total, a Fiocruz já disponibilizou 26,5 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 ao Programa Nacional de Imunizações.
Para maio, a fundação prevê o fornecimento de 21,5 milhões de doses.