O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, avaliou como “positiva” a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta-feira (21).
No término da bilateral, Blinken conversou rapidamente com jornalistas e declarou que a reunião foi boa, reforçou que Brasil e Estados Unidos estão trabalhando pelo direito dos trabalhadores. Segundo fontes, a crise entre Brasil e Israel não foi mencionada.
O chefe da diplomacia americana demonstrou preocupação sobre a lisura nas eleições venezuelanas. A Band apurou que Lula informou que o Brasil está acompanhando a situação no país.
“Foi ótima reunião. Sou muito grato ao presidente pelo seu tempo. Ótima reunião. Os Estados e o Brasil estão fazendo coisas muito importantes juntos. Estamos trabalhando juntos bilateralmente, regionalmente, mundialmente. É uma parceria muito importante e somos gratos”, declarou Blinken ao deixar o Palácio do Planalto.
A visita do chefe da diplomacia americana acontece em meio à crise diplomática que envolve Lula e Israel após declarações do brasileiro sobre Gaza e o Holocausto, e o governo israelense ter declarado o petista como “persona non grata” no país. Antony Blinken é judeu.
Anteriormente, o governo americano declarou que Antony Blinken e Lula iriam tratar questões bilaterais e globais entre o Brasil e os Estados Unidos.
Blinken é o secretário de Estado de Joe Biden. O departamento é responsável pela política externa do país, semelhante ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil, chefiado pelo ministro Mauro Vieira.
Além disso, o governo americano afirmou que Blinken enfatizará o apoio dos EUA à presidência brasileira no G20 e à realização da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G20 no Rio de Janeiro, à Parceria EUA-Brasil pelos Direitos dos Trabalhadores, à cooperação na transição para energia limpa e às comemorações do bicentenário das relações diplomáticas entre os dois países.
“Blinken participará da reunião de Ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 para envolver os líderes mundiais para aumentar a paz e a estabilidade, promover a inclusão social, reduzir a desigualdade, acabar com a fome, combater a crise climática, promover a transição para energias limpas e o desenvolvimento sustentável. E tornar a governação global mais eficaz”, declarou o governo americano em comunicado.
O diplomata aproveitará a passagem pelo Brasil para ir até Buenos Aires, aonde irá se reunir com o presidente argentino Javier Milei para discutir questões bilaterais e globais, incluindo o crescimento econômico sustentável, o compromisso com os direitos humanos e a governação democrática e o reforço do comércio e do investimento que beneficia ambos os países.