Antiviral da Pfizer é indicado para tratamento de casos leves de Covid-19

Uso do medicamento no Brasil foi autorizado nesta quarta-feira (30) pela Anvisa

Da Redação

Medicamento já possui aprovação para uso emergencial nos Estados Unidos e Europa Thomans Hansmann / PFizer / divulgação
Medicamento já possui aprovação para uso emergencial nos Estados Unidos e Europa
Thomans Hansmann / PFizer / divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (30) o uso emergencial do medicamento Paxlovid para o tratamento contra a Covid-19.

A agência recebeu o pedido de uso do antiviral fabricado pela Pfizer no dia 15 de fevereiro e somente agora a decisão de liberação foi tomada, durante reunião da Diretoria Colegiada do órgão. 

O medicamento Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir) é indicado para o tratamento da Covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid-19 grave.    

O medicamento já possui aprovação para uso emergencial nos Estados Unidos, na Europa, no Canadá, na China, na Austrália, no Japão, no Reino Unido e no México.  

Na Anvisa, o pedido de uso emergencial foi apresentado pela empresa Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda./Pfizer, no dia 15 de fevereiro.    

A diretora Meiruze Freitas, relatora do processo, ressaltou que “todos os processos de medicamentos e vacinas contra a Covid-19 submetidos à Agência foram exaustivamente avaliados por uma equipe multidisciplinar de servidores públicos que empenharam todos os seus esforços para que, no Brasil, fosse dado acesso a diferentes vacinas e tratamentos”.      

Indicação  

O medicamento é indicado para o tratamento da Covid-19 em adultos que?não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado?de progressão para Covid-19 grave.  

Restrições de uso  

O medicamento é de uso adulto, com venda sob prescrição médica.  

Limitações de uso  

O Paxlovid não está autorizado para início de tratamento em pacientes que?requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da Covid-19. Também não está autorizado para profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da infecção pelo novo coronavírus.    

“Destaca-se que o medicamento não está autorizado para uso por mais de cinco dias. Além disso, como não há dados do uso do Paxlovid em mulheres grávidas, recomenda-se que seja evitada a gravidez durante o tratamento com o referido medicamento e, como medida preventiva, até sete dias após o término do?tratamento”, diz a Anvisa.    

O Paxlovid não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida.    

Orientação de dispensação  

De acordo com a Anvisa, o medicamento deve ser dispensado exclusivamente pelo farmacêutico, com orientação ao usuário de que o medicamento é de uso individual e exclusivo ao paciente que passou por avaliação médica e que recebeu a prescrição. Portanto, o Paxlovid não deve ser utilizado por indivíduos sem a devida avaliação médica.    

Cumpre ao farmacêutico também realizar as demais orientações quanto à posologia, ao modo de uso e a possíveis interações, ou seja, prestar informações quanto ao uso correto do medicamento.  

Medicamento não substitui a vacina

Durante a reunião, a diretora relatora enfatizou ainda que a autorização possibilita a adição de uma nova estratégia de tratamento na relação dos procedimentos médicos usados para reduzir os danos da pandemia.    

“Reitero que a vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a Covid-19, as hospitalizações e os óbitos”, afirmou Meiruze Freitas.

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