A ameaça nuclear de Vladimir Putin, em resposta aos mísseis dos Estados Unidos disparados pela Ucrânia, é a manchete da imprensa internacional desta quarta-feira (20). Mas tudo indica que não passe de um blefe, parte de uma estratégia psicológica para intimidar o Ocidente.
Não foi a primeira vez que Putin dispara uma ameaça nuclear. Em 29 de fevereiro, ele prometeu “destruir a civilização” se a OTAN enviasse tropas para a Ucrânia — ele que foi buscar 10 mil soldados na Coreia do Norte. Alguns dias antes, 25/2, ele disse que alteraria sua doutrina nuclear se atacado com armas convencionais por algum país apoiado por uma potência atômica — o que agora ele o fez, por decreto assinado.
A própria Rússia seria vítima de uma explosão nuclear na sua vizinha Ucrânia. O presidente Putin sabe dos riscos a que exporia sua própria população. Nenhum dos satélites espiões dos EUA e da Europa observou qualquer mudança nos arsenais atômicos russos.