O Amazonas confirmou nesta quarta-feira (13) o primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus no Estado. As informações são do repórter Maurício Max, da BandNews FM.
O sequenciamento genético foi realizado pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz Amazônia). A paciente foi diagnosticada com uma nova variante amazônica descrita inicialmente no Japão.
O resultado atende aos critérios de definição de casos como, por exemplo, dois exames positivos de RT-PCR no intervalo de noventa dias, entre a primeira e a segunda infecção.
Segundo diretor de Inovação e Pesquisa da Fiocruz, Felipe Naveca, a paciente está curada e outros casos de possíveis reinfecções identificados estão em investigação.
Nesta quarta-feira, Manaus bateu um novo no número de internações - foram 2.221 novas hospitalizações só nos 12 primeiros dias de janeiro. O número é maior do que o total de internações registradas em todo o mês de abril, primeiro pico da pandemia no Amazonas, quando 2.218 pessoas foram hospitalizadas.
Vacinação no Estado
Todos os profissionais de saúde do Amazonas vão ser contemplados com o primeiro carregamento de vacinas contra a covid-19 que chegarem ao estado, segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). O primeiro lote será suficiente para os 40 mil trabalhadores da linha de frente e o início da imunização no grupo prioritário de maiores de 75 anos. A vacinação de outros grupos prioritários, nesse primeiro momento, depende da chegada de mais doses. A expectativa é que para vacinar todos os grupos prioritários são necessários 1 milhão de doses.
Ele afirmou ainda que o ministro Eduardo Pazuello reiterou que a vacinação começará simultaneamente em todo o país, mas que os municípios do interior do Amazonas vão ter prioridade na distribuição das vacinas. Segundo Wilson Lima, em alguns locais demora até uma semana o transporte.
Com os casos de coronavírus em alta, o governador destaca que o pico dessa segunda onda de deve ocorrer na próxima sexta-feira, no dia 15 de janeiro. Os casos depois devem estabilizar, embora em um platô alto.
Para Wilson Lima, embora a cidade de Manaus e a região metropolitana estejam com as estruturas de saúde sobrecarregadas, no interior a situação é mais cômoda, embora também preocupe.
Sobre a falta de oxigênio hospitalar, o governador espera que em cinco ou sete dias sejam instaladas pequenas usinas de oxigênio em dois hospitais da capital. A ideia é ter capacidade para dar conta da demanda em alta depois do aumento das internações no estado. Cilindros de oxigênio foram transportados pela Força Aérea para o Amazonas. O estado não tem estoque suficiente para dar conta do aumento de internações de pacientes com Covid-19.
O governador disse que 700 novos leitos já foram ativados para desafogar as unidades de atendimento e que mais 150 leitos serão abertos no Hospital Getúlio Vargas e 120 no Hospital Nilton Lins. Outros 80 leitos vão ser montados em um hospital de campanha do Governo Federal e mais 54 em uma unidade administrada pela Marinha.
O crescimento da rede é necessário porque as unidades estão no limite e a previsão é que os números continuem crescendo nos próximos dias.
Por fim, Wilson Lima afirmou que já conversou com o ministro da Educação e o presidente do INEP para que adie a realização do Enem em Manaus e nas cidades da região metropolitana. Segundo ele, não há como abrir as escolas para a realização da prova neste momento e até o fim do dia deve haver um comunicado sobre a situação.
A Prefeitura de Manaus já avisou que não vai liberar as escolas municipais para a prova. No interior, no entanto, o governador afirmou que há condições para manter o calendário.