Alunos ocupam escola em Santos (SP) em protesto contra o novo ensino médio

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, policiais militares usaram gás de pimenta no local

Por Karina Crisanto

Um grupo de estudantes, que fazem parte de um grêmio estudantil, ocuparam uma escola estadual de Santos, no litoral de São Paulo, nesta terça-feira (19). A Polícia Militar atua na ocorrência. 

Segundo apuração da Band, os alunos protestam contra o novo Ensino Médio, cortes do governo e privatizações do estado. Até o início desta tarde, mais de dez viaturas estavam no local. 

Em publicação nas redes sociais, a União Brasileira das/dos Estudantes Secundaristas (UBES) informou que o ato é contra o “sucateamento e a privatização do ensino público, além do corte de R$ 12 bilhões no orçamento da educação paulista proposto por Tarcísio de Freitas”.

Em nota enviada à Band, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que foi acionada por volta das 9h30 para atender a ocorrência. Segundo o órgão, os alunos formaram barricadas na quadra da escola e foi usado “munição química”, ou seja, gás de pimenta. 

“Os alunos formaram barricadas na quadra da escola e foi usada munição química para dispersá-los. Não há feridos e a polícia está à disposição da direção escolar para auxiliar na negociação com os estudantes”, declarou a SSP à Band. 

A Band procurou a Secretaria Estadual de Educação (Seduc-SP), que não se manifestou até o momento da publicação desta reportagem.

PEC quer destinar parte do orçamento da educação para saúde

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição estadual que destina parte do orçamento da Educação para a Saúde. Na votação, realizada na última quarta-feira (13), foram 60 votos a favor e 24 contrários.

O que está em jogo na proposta é o envio à Saúde de 5% do orçamento destinado à Educação. Isso porque, pela Constituição estadual de São Paulo, o governo deve aplicar na educação pública, no mínimo, 30% da receita arrecadada com impostos. Mas, pela Constituição Federal do Brasil, esse mínimo é de 25%. 

A proposta do governo paulista é destinar essa diferença para a área da Saúde, que estaria com mais necessidade de recursos.

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