O Canal Livre deste domingo recebeu o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais Alexandre Padilha. O programa debateu a articulação política e a relação entre o Governo Federal e o Congresso Nacional e a interlocução do poder executivo com Estados e Municípios. 

Padilha começou falando sobre a eleição tanto na Câmara quanto no Senado. O governo apoia as reeleições de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco e o ministro comentou sobre o posicionamento neste momento. 

“Temos a postura de não intervenção. Nós somos pessoas experientes e sabemos que o governo executivo tenta interferir em outro poder, a coisa não termina bem. Teremos uma postura de respeito institucional, respeito aos atuais presidentes da Câmara e do Senado. Agradeço a postura deles, mesmo antes de assumirmos, o Congresso Nacional foi decisivo, corrigiu um erro da antiga gestão de Bolsonaro, em relação ao orçamento, sem deixar dinheiro para o Bolsa Família e Farmácia popular” pontuou. 

Padilha, que é deputado federal reeleito, disse que vai seguir a determinação do PT e votará para a reeleição de Arthur Lira. 

Alexandre Padilha também falou sobre o diálogo com a oposição. Segundo o ministro, a administração do Presidente Lula quer conversar com os partidos e que a era de “fuzilar a oposição” ficou para trás. 

“Uma coisa é o tamanho das bancadas partidárias, o número de deputados filiados aos partidos. Mas outra coisa é quando o jogo começa, mesas definidas na Câmara e no Senado, e a gente começa a tratar os temas de interesse para o país. A minha expectativa é que a gente tenha com a oposição o mesmo diálogo proveitoso que nós já tivemos no período da transição. Eu acredito que temas, como a reforma tributária, terão uma diálogo com a oposição porque não é um tema do governo ou da oposição. É um tema do país” disse.

O ministro foi questionado pelo jornalista Fernando Mitre sobre como está a negociação da reposição de verbas para os estados, dentro da reforma tributária que o governo planeja. 

“Mitre, eu repito aqui no Canal Livre: acabou a era do presidente da República querer criar conflitos e guerras federativas. Nós tivemos uma reunião com os 27 governadores e a palavra de todos foi o reconhecimento do reestabelecimento do diálogo. Vários deles, que foram governadores em outros períodos, falaram que isso nunca tinha acontecido. Discutimos sobre a reforma tributária e ele aceitaram usar aqui que já está no Congresso Nacional, então, eu acredito que a gente pode sim construir uma solução política no Congresso, com o apoio dos governadores. Certamente não vai ser a reforma ideal para cada um, mas vai ser a reforma que será possível” contou o Ministro.

A jornalista Lana Canepa questionou Padilha sobre o andamento do governo. Lana perguntou se os ataques que aconteceram no dia 08 de janeiro, em Brasília, deixam as coisas em um compasso de espera. 

“Em relação ao ritmo do governo, independente das nomeações, o governo começou em ritmo acelerado e vai começar. Se pegar, em menos de 30 dias de governo, já tivemos duas grandes reuniões com os governadores; já no primeiro dia medidas provisórias importantes; a ministra da saúde já fez a pactuação de um programa de redução das filas de cirurgias do SUS. Então, o governo já começou e deve cada vez mais aumentar a intensidade das ações. Unindo e reconstruindo o país com velocidade” finalizou. 

A entrevista completa, com outros temas abordados pelo Alexandre Padilha você confere abaixo.