A Polícia Federal informou nesta terça-feira (20) que os alertas de garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami zeraram pela primeira vez desde o início do monitoramento, em agosto de 2020. O monitoramento via satélites, que monitoram a reunião, identificou que o território está sem novos indícios de exploração desde 6 de maio.
“Esta é a primeira vez, desde o início deste tipo de monitoramento, em agosto de 2020, que se observa a ausência de alertas de garimpos por um período tão longo de tempo. Tais resultados indicam que, pela primeira vez nos últimos anos, não houve novas áreas de garimpo ilegal sendo exploradas, fato que perdura por 33 dias, até a data de pesquisa final, dia 8/6. As imagens dos satélites são processadas diariamente e consolidadas a cada sete dias”, informou a PF em nota.
Entre abril e maio deste ano, foram registrados 33 alertas para novas áreas de garimpo ilegal na região, sendo que no mesmo período do ano passado foram identificados 538.
Segundo a PF, a Operação Libertação iniciou uma nova fase de atuação na Terra Indígena Yanomami, com foco em ocupar áreas dentro da reserva para assegurar a retomada da normalização da prestação de serviços básicos aos Yanomami.
A Polícia Federal reforçou que dará ênfase nas áreas em que ainda há criminosos remanescentes, “com o foco em consolidar a prisão daqueles que se recusaram a sair voluntariamente da área".
A Operação Libertação, deflagrada em 10 de fevereiro, é coordenada pela PF e composta pelo Exército, Força Aérea, Marinha, Força Nacional, FUNAI, IBAMA e PRF. Atualmente, há mais de 80 procedimentos investigativos em andamento derivados das atividades da Operação Libertação que apuram crimes nas mais diversas áreas, desde a lavagem de capitais e mineração ilegal até o tráfico de pessoas.
O governo federal decretou, em 20 de janeiro, emergência de saúde pública na Terra Yanomami e, desde então, atua com o envio de cestas básicas a profissionais da saúde.