O governo alemão anunciou um endurecimento contra a imigração irregular, depois do atentado na feira de Natal de Magdeburg, que matou cinco e feriu mais de 200, perpetrado por um médico saudita há muitos anos na Alemanha.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, adotou medidas que restringem serviços e facilitam a expulsão para imigrantes. Quem sair da Alemanha para visitar seu país de origem, por exemplo, perderá a proteção do Estado. Os que cometerem crimes graves não terão mais reconhecimento do governo.
A imigração ilegal na Alemanha cresceu 33,4% em 2023, comparada com 2022. A maioria dos imigrantes veio da Síria, Turquia e Afeganistão.
Novos controles foram implementados na fronteira da Alemanha com a França e a Holanda, apesar de criticados como uma violação das normas da Zona Schengen. Essas medidas aumentam a pressão sobre as políticas de migração da União Europeia.
A discussão sobre imigração passou a abordar apenas o aspecto da segurança, deixando de lado a necessidade de mão de obra qualificada. E já se tornou central no debate para as eleições antecipadas para fevereiro, depois que o chanceler Olaf Scholz foi derrotado por uma moção de censura no Parlamento.