Alemães não desistem do chocolate, apesar do preço recorde

Demanda por chocolate na Alemanha continua em alta, mesmo com preços exorbitantes causados pelo aumento de custo das matérias-primas, como o cacau, que ficou 50% mais caro desde o ano passado.

Por Deutsche Welle

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A alta histórica nos preços do cacau em todo o mundo reduziu a demanda pela principal matéria-prima da fabricação de chocolate na Alemanha em apenas 1,6% em 2024, segundo dados do Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) da Alemanha divulgados nesta terça-feira (03/12), referentes aos primeiros nove meses do ano.

Colheitas ruins, principalmente na África Ocidental, preços altos de frete e a demanda crescente culminaram na alta do preço dos grãos de cacau e resultaram em um aumento de 50% em comparação a 2023.

Apesar dessa conjuntura, o consumo per capita de chocolate permaneceu alto na Alemanha, mesmo com o aumento dos preços nos últimos anos. Em 2018, os alemães comeram 9 quilos de chocolate per capita anualmente. Em 2023, esse número aumentou para quase 10 quilos.

Não há Natal alemão sem chocolate

O chocolate é particularmente procurado na Alemanha durante os feriados de fim de ano, no qual os calendários do advento – muitos dos quais contém pequenos chocolates – e o chocolate quente nos mercados de Natal são extremamente populares.

Também existe a tradição de dar às crianças um chocolate no dia de São Nicolau, em 6 de dezembro.

No ano passado, a indústria alemã de doces produziu cerca de 1,14 milhão de toneladas de produtos de chocolate, o que representa um aumento de 4,6% em relação à 2022, informou o Destatis. Isso equivale a 6,5 bilhões de euros (R$ 41 bilhões).

Se os números das vendas podem servir como indicação, o aumento drástico nos preços teve ampla aceitação entre os consumidores alemães.

rc (DPA, EPD)

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