Alcolumbre propõe R$ 10 bi da PEC da transição para pagar piso da enfermagem

Recursos para o piso da enfermagem estariam previstos na PEC articulada por aliados de Lula para furar o teto de gastos e pagar Bolsa Família de R$ 600

Da redação com BandNews TV

O senador Davi Alcolumbre (União), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, propôs a destinação de R$ 10,8 bilhões da chamada PEC da transição para que estados e municípios possam pagar o piso nacional da enfermagem reajustado com base na lei 14.434/2022.

Os recursos estariam previstos na proposta de emenda constitucional (PEC) articulada por aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto propõe furar o teto de gastos em pelo menos R$ 175 bilhões e garantir o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família com acréscimo de R$ 150 por criança.

“Para disponibilizar os recursos necessários para tornar realidade o piso salarial da enfermagem, propomos a destinação pela União de recursos aos Estados e Municípios para fazer frente a esses custos, inclusive com recursos a serem repassados às entidades sem fins lucrativos que contratualizam junto aos gestores locais”, diz Alcolumbre na proposta.

Segundo a proposta de Alcolumnre, entre 2023 e 2024, a União transferirá aos estados e municípios “apoio financeiro aplicado em saúde”, cujo montante é R$ 7,2 bilhões, nas proporções aplicáveis ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Outros R$ 3,6 bilhões dizem respeito ao Fundo de Participação dos Estados (FPE).

STF suspendeu piso

Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para suspender a lei que criou o piso salarial dos profissionais de enfermagem. A Corte cobrou análises sobre impactos do reajuste nos orçamentos da União, estados e munícipios, além de atender pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde) a respeito do risco de demissões e queda na qualidade dos serviços.

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