Alain Delon, o cultuado ator francês que estrelou uma série de clássicos nos anos 1960 e 1970, morreu aos 88 anos. A notícia foi confirmada neste domingo (18) por sua família.
Delon participou de mais de 90 produções cinematográficas, com cineastas como Louis Malle, Michelangelo Antonioni, Jean-Luc Godard, Jean-Pierre Melville, Luchino Visconti, René Clément e Jacques Deray.
De aprendiz de açougueiro a astro de cinema
Alain Fabien Maurice Marcel Delon nasceu em 8 de novembro de 1935, em Sceaux, Hauts-de-Seine, nos arredores de Paris.
Após ser expulso de várias escolas, ele começou a trabalhar aos 14 anos como aprendiz de açougueiro, ao lado do pai. Em 1953, ele se alistou como fuzileiro naval na Marinha francesa e chegou a participar de combates na guerra colonial no Vietnã, mas acabou sendo dispensado em 1956.
Após uma série de trabalhos temporários, Delon iniciou a carreira de ator em 1957 com uma pequena participação no filme Uma tal condessa, de Yves Allégret.
Brilho nos anos 1960 e 1970
Ele acabaria se tornando um dos maiores astros do cinema europeu entre as décadas de 1960 e 1970, estrelando clássicos como como O sol por testemunha (1959), Rocco e seus irmãos (1960), O leopardo (1963), O samurai (1967), A piscina (1969) e Cidadão Klein (1976).
Em 1997, Delon anunciou sua aposentadoria das telas, mas acabou retornando em 2008 para assumir o papel do imperador romano Júlio Cesar no filme Asterix nos Jogos Olímpicos.
Sua última aparição pública foi em maio de 2019, ao receber a Palma de Ouro honorária no Festival de Cannes.
"Alain Fabien, Anouchka, Anthony e [seu cão] Loubo lamentam profundamente o falecimento de seu pai. Ele morreu tranquilamente em sua casa em Douchy, rodeado pelos seus três filhos e pela sua família. A família pede que respeitem sua privacidade neste momento de luto extremamente doloroso”, dizia a nota enviada pelos filhos do ator à imprensa francesa.
rc (ots)