AGU diz que Bolsonaro pode depor pessoalmente em inquérito sobre interferência na PF

Sessão do STF que julgava possibilidade nesta quarta-feira foi suspensa

Da Redação, com BandNews TV

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quarta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode depor presencialmente em investigação a respeito de suposta interferência na cúpula da Polícia Federal.

O STF julgava nesta quarta a possibilidade de um depoimento presencial de Bolsonaro. No entanto, diante da manifestação da AGU, a sessão do Supremo foi suspensa antes de uma decisão a respeito do depoimento.

O depoimento presencial foi pedido pelo ministro Alexandre de Moraes, que assumiu o caso em 2020 após a aposentadoria de Celso de Mello. Em outubro, o então decano votou para que o presidente deponha presencialmente.

A AGU defendia que o depoimento fosse por escrito. No entanto, Bolsonaro nega a suposta interferência na cúpula da PF e se prontificou a depor presencialmente.

Em manifestação oficia, o advogado-geral da União, Bruno Bianco, informou Bolsonaro “manifesta (...) seu interesse em prestar depoimento em relação aos fatos objetos deste Inquérito mediante comparecimento pessoal”.

Além disso, pediu que seja oferecia a ele “a possibilidade de ser inquirido em local, dia e hora previamente ajustados”.

O inquérito foi aberto em 2020, depois que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deixou a pasta afirmando que Bolsonaro agiu pessoalmente para interferir na cúpula da PF. Segundo Moro, o presidente buscava alguém na corporação para obter informações a respeito de investigações.

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