Paris está cercada por tratores conduzidos por agricultores que exigem salários e condições de vida melhores. O governo francês já abandonou o plano de reduzir os subsídios para o diesel agrícola e voltou a prometer sua rejeição ao acordo do Mercosul. Mas daí não brotou a paz no campo.
Os agricultores franceses reclamam da concorrência desleal de outros países com regulamentação mais branda. Não estão sozinhos. Na Alemanha e na Polônia, centenas de tratores foram usados para bloquear estradas e cidades na semana passada.
O novo primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, anunciou uma série de medidas para aliviar a pressão financeira sobre os agricultores. Mas não gostou que eles tenham pulverizado com esterco um supermercado e um prédio público, como parte dos protestos.
O chefe do maior sindicato agrícola da França, Arnaud Rousseau, disse em entrevista à TV TF1: "Decidimos dar continuidade ao nosso movimento. O primeiro-ministro não respondeu a todas as nossas perguntas.”