Grandes explosões foram registradas do lado de fora do aeroporto de Cabul, no Afeganistão, nesta quinta-feira (26). Informações de autoridades locais apontam que pelo menos 90 afegãos e 12 militares americanos morreram.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou o incidente. O Pentágono confirma as mortes de quatro fuzileiros navais, além de 15 feridos em tropas.
Foram sete explosões ao longo do dia, as duas primeiras ao lado do aeroporto de Cabul, que tinha grande concentração de pessoas tentando fugir do país. Centenas de vítimas ficaram feridas e lotam os hospitais da capital afegã.
Em nota, o Talibã condenou o atentado, negou participação, e salientou que os americanos são responsáveis pela segurança dessa região. O grupo extremista Estado Islâmico é o principal suspeito pelo ataque. Pelo menos uma das explosões foi provocada por homens-bomba, que fariam parte do braço afegão do grupo terrorista, conhecido como Khorasan. Eles são rivais do Talibã e condenam o grupo por ter negociado acordos com os Estados Unidos
Em pronunciamento horas após os ataques e depois de passar o dia reunido com estrategistas de segurança na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lamentou as mortes e afirmou que irá caçar os terroristas responsáveis pelos ataques na capital do Afeganistão. “Não iremos esquecer, nem perdoar. Vamos caçar vocês e fazê-los pagar", disse.
Porém, não houve mudanças na data final para retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão, na próxima terça (31).
Órgãos de inteligência dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália já haviam emitido alertas sobre o alto risco de ataques e chegaram a pedir a evacuação das proximidades do aeroporto.
Nas ruas do Afeganistão, a crise humanitária se agrava. Muitos estão sem teto e não comem há vários dias.