O governo do Afeganistão solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU em função do rápido avanço do grupo fundamentalista islâmico Talibã pelo país.
Nas últimas horas, os combatentes conquistaram Kandahar, segunda maior cidade afegã.
Agora, o grupo, que é considerado terrorista, está no controle de 18 das 34 capitais provinciais do Afeganistão. De acordo com o serviço de inteligência da Casa Branca, a capital Cabul deve cair em até 90 dias.
A Otan também está discutindo a questão. A aliança militar encerrou as operações militares no Afeganistão depois de quase 20 anos de guerra e retirou a maioria das tropas do país - mesma situação dos Estados Unidos, que anunciaram o envio de tropas para auxiliar na retirada de funcionários da embaixada do país.
A Dinamarca já fechou sua embaixada e retirou todos os funcionários do território afegão. O governo britânico, por sua vez, não descarta retomar as atividades militares caso o Talibã volte a comandar o país.
A ONU fez um apelo para que os países vizinhos mantenham as fronteiras abertas e acolham os milhares de refugiados que estão fugindo dos combates no Afeganistão.
Em comunicado, o Talibã promete conceder anistia geral para os apoiadores do atual governo do Afeganistão e garante que não irá tocar em nenhum diplomata estrangeiro.
O Talibã comandou o Afeganistão de 1996 a 2001 até ser derrubado por uma invasão norte-americana.
A Casa Branca decidiu atacar o país sob a alegação de que o governo afegão dava proteção a Osama Bin Laden, mentor dos atentados de 11 de setembro.