Acusado de emboscada da Mancha Verde alega ser vítima de erro de reconhecimento facial

Defesa de Henrique Moreira Lelis afirma que ele teve imagem divulgada erroneamente pela polícia como participante da agressão a torcedores do Cruzeiro; SSP afirma que não fez uso da tecnologia

Da redação

Ônibus que levava torcedores do Cruzeiro foi incendiado no confronto
Reprodução / Redes Sociais

A defesa de um dos homens apontados como envolvido na emboscada da torcida Mancha Verde contra a torcida Máfia Azul no fim de outubro alega que ele é vítima de erro de reconhecimento facial. O advogado de Henrique Moreira Lelis cita que a imagem dele foi erroneamente e que ele estava viajando na hora do ataque, longe da rodovia Fernão Dias. 

Henrique teve pedido de prisão temporária expedido pela Polícia Civil e a defesa dele pediu a revogação, alegando erros da investigação. Segundo o advogado Arlei da Costa, na noite anterior à madrugada do crime, Lelis estava viajando entre Goiânia e Rio de Janeiro, onde mora e que tem como comprovar a viagem. 

A defesa deve entregar documentos e o aparelho celular de Lelis para comprovar que ele estaria a 400 KM do local do crime. “Meu cliente é vítima de um erro grave que violou sua dignidade e, em especial, sua liberdade” , afirmou Costa em nota. 

Junto com Henrique, outras cinco pessoas tiveram prisão decretada. Entre eles, o presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luiz Sampaio Santos e Felipe Mattos dos Santos, o "Fezinho", vice-presidente da torcida. Pelo menos 18 pessoas ficaram feridas e uma morreu após a emboscada. 

Polícia alega que não usou tecnologia de reconhecimento facial

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que Henrique foi identificado sem uso de reconhecimento facial, apenas com investigação e inteligência. Ele é indiciado por homicídio, lesão corporal, dano, tumulto e associação. 

Os torcedores do Palmeiras envolvidos na emboscada vão responder por homicídio e mais quatro crimes: incêndio, associação criminosa, lesão corporal e promoção de tumulto em eventos esportivos. 

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade). A Drade alega ter identificado oito pessoas ligadas à Mancha Alviverde e emitiu pedidos de prisão temporária para seis indivíduos.

A Mancha emitiu uma nota classificando como “isolada” a ação de 50 torcedores do Palmeiras contra torcedores do Cruzeiro, ligados à organizada Máfia Azul. 

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