Acusação afirma que assassinos de Marielle e Anderson foram motivados por 'ódio e ganância'

Segundo dia de julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz ocorre nesta quinta-feira (31)

Por Luiza Lemos

Acusação afirma que assassinos de Marielle e Anderson foram motivados por 'ódio e ganância'
Marielle Franco foi morta em 2018
Agência Brasil

O julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz segue nesta quinta-feira (31). A acusação afirma que os dois foram motivados por ódio e ganância contra a vereadora Marielle Franco.

"Quem dá quatro tiros na cabeça, tem muito ódio. Somado a ganância, motivo principal e a questão fundiária, que ficou muito clara", afirmou a acusação. 

A questão fundiária foi a principal motivadora, já que Marielle Franco tinha projetos de habitação em áreas controladas pela milícia no Rio de Janeiro. O objetivo era criar projetos de habitação para a população de baixa renda na região da zona norte do Rio de Janeiro. 

Na quarta-feira (30), Ronnie Lessa detalhou o assassinato de Marielle Franco. Ele afirmou que receberia um loteamento em troca da execução da então vereadora. 

A promessa teria sido feita pelo ex-policial Edmilson Macalé, que atuava em conjunto com Robson Calixto, o Peixão, outro investigado pela suposta ligação com os irmãos Brazão. Macalé foi assassinado em 2021. Ele citou que poderia lucrar pelo menos R$ 100 milhões com o crime. 

O crime foi cometido em 14 de março de 2018. Naquele dia, Marielle participou de um compromisso na Casa das Pretas, na Lapa, centro da cidade. Quando o encontro terminou, a vereadora saiu com a assessora Fernanda Chaves, em carro dirigido pelo motorista Anderson. Quando passavam pelo bairro do Estácio, na zona norte, foram atingidos por treze disparos. Apenas Fernanda sobreviveu.

Os réus respondem por duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e recepção e podem pegar pena máxima de 84 anos de prisão cada um.

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