Hospitais em Israel já se preparam para receber 33 reféns que serão trocados por cerca de 1.600 prisioneiros palestinos, nesta terça-feira, depois que o Hamas respondeu, sem acréscimos, ao rascunho do acordo finalizado pelo Catar, Egito e Estados Unidos.
O primeiro-ministro Netanyahu marcou encontro esta tarde com familiares de reféns. E a extrema-direita israelense reafirma que vai abandonar a coligação governamental. O shekel, a moeda local, teve um ganho de 1,2% sobre o dólar, negociado a 3,63, e o índice TA-Technology aumentou 0,9%, e os índices TA-125 e TA-35, de empresas blue chip, 0,6%.
Os reféns não serão libertados de uma vez, mas durante seis semanas. Para cada uma das cinco soldadas no grupo de 33 reféns, serão libertados 50 prisioneiros palestinos, entre eles 30 condenados à prisão perpétua. Ao mesmo tempo, as tropas israelenses começarão a se retirar dos centros populacionais de Gaza, e os palestinos do norte, que foram deslocados, poderão voltar às suas casas. O acordo prevê a entrada diária de 600 caminhões de ajuda humanitária em Gaza.
Mais: Israel sairá do Corredor Netzarim, que corta Gaza ao meio, mas se manterá no Corredor Philadelphi, ao longo da fronteira com o Egito, até uma das duas próximas fases do acordo. Restarão cerca de 60 reféns, entre eles soldados, que só serão libertados, segundo o Hamas, com a retirada completa de Israel e o fim da guerra. A terceira fase inclui os corpos de reféns mortos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos, sob supervisão internacional.
O porta-voz do Ministério do Exterior do Catar, Majed al-Ansari, advertiu que “até que haja um anúncio... não devemos ficar muito animados. Acreditamos que estamos nos estágios finais, e certamente esperamos que isso leve muito em breve a um acordo”.
A imprensa israelense publica nesta terça-feira a informação de que um encontro, no sábado, entre Netanyahu e Steve Witkoff, o enviado especial de Donald Trump que atuou ao lado de Brett McGurk, o representante de Joe Biden, foi muito tenso mas também decisivo. Witkoff ficou na ponte-aérea Doha-Tel Aviv, aparando as divergências finais.